Cão
perdeu-se! Por que não?
Cão
achou-se! Ainda bem!
Ainda
melhor, por sinal,
Se
o cão perdido e o achado forem um só e o mesmo
“lidos”
no mesmo jornal!
Alexandre O´Neill
A primeira frase do prefácio do livro “A realidade é real” (“How
real is real”) de Paul Watzlawick (um dos fundadores da Mental
Research Institute de Palo Alto na Califórnia), é esta: “Este livro fala
sobre a forma como a comunicação cria aquilo a que chamamos realidade”.
Sem teorizar a pragmática da comunicação humana, que se aplica em situações
de comunicação interpessoal, a frase exprime a ideia algo estranha de que a
comunicação cria a realidade. Parece estranho mas não é.
A forma como esta notícia é dada cria a extraordinária realidade de uma mulher que “morreu” e que“ressuscitou minutos depois”. Esta notícia poderia ser comunicada de outra
forma, a de que os médicos conseguiram uma reanimação após uma paragem cardíaca.
Mas não era a mesma coisa. O que é a reanimação médica quando se pode ter a
ressurreição?
Vale lembrar o comentário de Mark Twain a um (outro) jornalista: “A notícia da minha morte é um claro exagero", quando o recebeu em sua casa enviado para averiguar o sucedido.
Quantas realidades criamos todos
os dias pelo milagre da comunicação?
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