Charles Chaplin, Tempos Modernos
Em Espanha,onde a energia elétrica é mais barata entre 35 a 50 por cento, o grupo detémuma fábrica na Galiza.
Afinal a
produção também gasta dinheiro em energia, e, pelos vistos, em Portugal
gasta-se mais entre 35 a 50 por cento do que em Espanha. Fizeram-se tantas reformas
nas leis do trabalho que quase nos levaram a pensar que todos os “custos de
produção” e todos os problemas de competitividades estavam apenas na
mão-de-obra. O que era preciso era despedir, baixar salários…
É agora que
as reformas vão chegar também ao elo mais forte? Ou esta ameaça não é de todo
suficiente para abalar a poderosa imunidade do setor energético?
Depois de
conhecermos os horrores do comunismo estalinista e assistirmos à queda do muro de Berlim,
as ideias mortas de Marx fecharam-se definitivamente em Highgate, onde ele
próprio jaz no seu cemitério vitoriano. Hoje jazem também todos os miseráveis
operários da revolução industrial à disposição de Dickens ou os desgraçados
mineiros com os quais Zola chegou a viver
para compor o seu Germinal. Aqueles proletários já não são os nossos, e aquela ditadura também não. Tudo mudou e já não faz qualquer sentido
voltar atrás, à URSS ou à Albânia e tudo o que ficou do lado soviético.
Mas, no meio
de tudo isto, o grande desafio será descobrir o valor político, económico e
filosófico de Marx hoje, nos nossos “tempos modernos”. Descobrir a germinalidade do seu pensamento agora
que estamos exatamente no ano de 2013 e não no século XIX, agora que já poucos
acreditam na "3ª via" de Blair, mas enquanto isso os “trabalhadores de
todo o mundo” continuam diariamente a sua transfiguração nos novos colaboradores do século XXI.
Há, e
provavelmente haverá sempre, qualquer coisa que nos faz pensar que Marx não
morreu. Aquilo de que ele falava está na natureza das coisas, como está os rios correrem para o mar.
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