Lao-Tsé
conta que um camponês, um dia, perdeu o seu machado. Procurou em casa, mas em
vão. Avistou então um dos seus vizinhos que passava desviando o olhar, e
imediatamente suspeitou que ele Ihe tinha roubado o machado.«
Com
efeito, o homem tinha em tudo o comportamento de um ladrão de machados. A cara,
o ar, as atitudes, os gestos dele, as palavras que pronunciava, tudo nele
revelava, para lá de quaisquer dúvidas, um ladrão de machados.
Estava
o camponês prestes a denunciá-lo, a acusá-lo publicamente e a levá-lo à
presença do juiz quando recuperou o seu machado, que tinha caído numas moitas
perto dali.
Quando
voltou a ver o seu vizinho, este não apresentava o menor indício que levasse a
ver nele um ladrão de machados.
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