Falar para um candeeiro...

sexta-feira, 7 de junho de 2013

O dia seguinte

Alfredo Cunha
 
 Lembro-me do dia em que Nelson Mandela saiu da prisão e lembro-me também de ele ter dito que o que mais surpreendeu, naquele dia da sua libertação, foi ver tantos brancos nas ruas, juntos com os negros, a festejar a sua saída. Disse-o na residência do arcebispo Desmond Tutu no dia seguinte, no primeiro dia em que amanheceu em liberdade, depois de 27 anos na prisão. Estava absolutamente surpreendido por perceber que tanta gente se identificava com o que estava a acontecer na África do Sul, um novo país que nascia. Foi pena esta senhora não ter estado nas ruas da Cidade do Cabo, no dia em que Mandela enterrou o racismo, pelo menos institucional, na África do Sul.
 


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