Falar para um candeeiro...

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

É oficial. O pai natal não existe.


Para os simples mortais, existe uma espécie especial de seres humanos que vivem de forma etérea num Olimpo. Um dia, no entanto, descobrimos que os grandes génios da humanidade, como Orson Welles (na fotografia com Peter Bogdanovich) também utilizam o carrinho de compras. É difícil encontrar melhor imagem para a expressão de Max Weber quando fala do “desencantamento do mundo” do que ver Orson Wells a fazer compras num supermercado.

Mas não fica por aqui. Há tempos encontrei também uma versão infantil e inofensiva de Marx metamorfoseado em boneco de peluche e do mítico “Che”, ícone da revolução e ídolo de tantas gerações (pessoalmente, tenho muitas reservas), transformado em porta-chaves.

Um dia as revoluções transformam-se em souvenirs, arrumados em prateleiras por esse mundo fora.

Definitivamente, o pai natal não existe. 

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