E aqui está ele! O candeeiro
por onde um dia passou Vasco Santana.
Podemos ainda hoje encontrá-lo num pátio de Lisboa…
Narciso (Vasco Santana) regressando a casa, dirige-se a um candeeiro público enquanto assobiava a "Rosa tirana":
"Boa noite V. Exa. V. Exa. vai perdoar-me a inconveniência, mas podia fazer-me o obséquio de me dar um bocadinho do seu lume?
Compreendi-te! Não te dignas dar lume a um humilde transeunte. Não te dignas baixar-te a mim, convencido que és alguém. Estás convencido que lá por dares luz a uma simples rua, és igual ao sol, que dá luz ao mundo.
Podemos ainda hoje encontrá-lo num pátio de Lisboa…
Narciso (Vasco Santana) regressando a casa, dirige-se a um candeeiro público enquanto assobiava a "Rosa tirana":
[O candeeiro permance silencioso :]
Compreendi-te! Não te dignas dar lume a um humilde transeunte. Não te dignas baixar-te a mim, convencido que és alguém. Estás convencido que lá por dares luz a uma simples rua, és igual ao sol, que dá luz ao mundo.
Desculpa que te diga, mas és um ilusionista, um ilusionista e um vaidoso. De resto, és igual a todos os homens, perfeitissimamente igual. Julgas que és alguém sem te lembrares que há outros que estão muito acima (onde é que eu já li isto?!)
(…) Decididamente não me queres dar lume. Boa noite!"
Pátio da Cantigas, 1942
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