Fotografia de Cartier Bresson
O império Disney comprou a Pixar, a Marvel e a
LucasFilm por vários milhares de milhões de dólares.
Objetivos de mercado claros:
Pixar- aumentar o mercado dos desenhos animados e
novas atrações de parques de diversão: apanhar o mercado das crianças;
Marvel – Novas personagens, mais filmes e novas
séries televisivas: aumentar o alcance no público masculino;
Lucas Films – criar um universo Star Wars ainda mais
alargado e promocional, mais trilogias e séries televisivas – apanhar um
público adulto, senão mesmo de todas as idades.
A Disney sabe, como só ela sabe, que muito melhor do
que agarrar a complexidade labiríntica da razão humana, perdida em argumentos e
contra-argumentos, é dominar o universo do desejo e da imaginação.
Uniformizar, fragmentar, dispersar. Esvaziar a
imaginação, montar e colar em série, criando a ilusão de que há apenas uma “gramática
da fantasia”. Mergulhar a imaginação, um rio de correntes fortes, num lago de
águas paradas.
Como se a nossa imaginação viva não fosse também
parte do longo rio de Heraclito que flui sem parar e em cujas águas entramos e
não entramos, queremos e não queremos, somos e não somos.
Conseguirá o mercado vampirizar a nossa imaginação? Ou
as suas correntes fortes não se deixam amainar, nem sequer com o “dark side of
the force”, com a força do monopólio?
Sem comentários:
Enviar um comentário