Desde quando o facto de alguém
dizer algo, pelos vistos extraordinário, como “a lei é igual para todos”
constitui uma notícia do jornal “Público”,
ou sequer uma notícia de jornal, ou sequer uma notícia?
Será que se eu disser “este
teclado onde escrevo este post está sujeito à lei da gravidade”, algum jornal
vai publicar?
Ou será que afinal a frase “a
lei é igual para todos” é, de facto, extraordinária porque alguém acha que o patriarca
de Lisboa podia achar que a lei não é igual para todos? Assim, sim, já seria
notícia. E todos ficaríamos rendidos ao enorme sentido jornalístico do Público e
ao enorme sentido cívico do patriarca que, extraordinariamente, acha que “a lei
é igual para todos”.
E assim se distribui o espaço
público do acesso à palavra.
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