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quarta-feira, 8 de julho de 2015

"Aos ombros de anões”: ainda a Grécia

 
 
Compreendo perfeitamente aquela célebre imagem atribuída ao mestre Bernardo de Chartres (Século XIII), que dizia serem os homens do seu tempo como anões aos ombros de gigantes, pois podiam ver mais longe do que os antigos sábios gregos e romanos, não por seu próprio mérito mas pela vantagem de poderem apoiar-se nos conhecimentos daqueles que os precederam em séculos.
 
«Somos como anões aos ombros de gigantes, pois podemos ver mais coisas do que eles e mais distantes, não devido à acuidade da nossa vista ou à altura do nosso corpo, mas porque somos mantidos e elevados pela estatura de gigantes
 
A distinção entre anões e gigantes pode, por vezes, ser uma idealização positiva do passado, mas a lógica permanece válida: os homens do saber que nos precederam ajudam a formar o nosso conhecimento.
 
O pior é quando os supostos “gigantes” não passam de anões, convencidos da sua grande estatura. A Europa empoleirou-se aos ombros de anões.
 
 
 
 
 
 


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